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terça-feira

RISW - As classes confirmadas e as novas classes

A RISW no ano de 2013 irá trazer algumas classes que
não participaram das edições anteriores: Star e IRC
A Star é uma
classe que infelizmente já está com cheiro de mofo, pois
será retirada das olimpíadas, é uma aposta para trazer
velejadores de monotipos que hoje tem lugar de destaque
mais em competições internacionais, aonde ainda
se formam muitos novos velejadores em virtude do
apoio, que nunca cessa para quem tem vontade de
competir, aqui no Brasil essa atitude da organização é
uma tentativa louvável em nosso país continental em
território, mas pequeno em atitudes como essa.
Outra classe que a RISW e a ABVO estão confirmando
é a internacional IRC, essa classe foi criada para 
substituir a IMS que depois dos acidentes na
regata Fastnet Race na edição de 1979 foi colocada
em cheque. Na corrida daquele ano, depois de um
vento de força 8, muitos barcos simplesmente
se desmancharam, mostrando como a busca
por um barco que "medisse" melhor fez
os cascos perder peso, força e durabilidade.
A "vantagem" muito propagada da IRC é que ela
tem uma "Black Box", ou seja ela tem todos os seus 
coeficientes mantidos em segredo, não se sabe como
e que peso tem cada detalhe do barco no cálculo do
rating, com isso os projetistas não podem adequar os
projetos as regras, tornando tudo muito obscuro, porém
sem condições de manipulação. Será?

Ontem eu enviei 2 perguntas via e-mail para o Sr.
Lars Grael, Comodoro da ABVO leiam o que ele 
fala sobre essa nova classe:

V&S - Como vocês pretendem pesar os barcos da classe, já 
que não são todos os lugares que possuem travel lift e
muitos tem aferições duvidosas?

Lars: As balanças dos Travel Lifts existentes, não costumam
ser precisas e aferidas pelo INMETRO. Usaremos
a balança de tração da ABVO, ou, balanças de células de
carga (4 unidades interligadas) cedidas pelo Eduardo
Penido (Diretor Técnico da ABVO e Coordenador
Técnico da CBVela) ou pela FREVO (Flotilha Recifense
de Veleiros de Oceano).

V&S A ORC e a RGS já não seriam suficientes para a 
quantidade de barcos no Brasil?

Lars: A regra ORC é uma regra de handicap para
veleiros de competição dentro de um padrão convencional
de barcos de regata. A IRC é voltada prioritariamente
para barcos modernos de configuração de planeio,
gurupés, assimétricos e (ou) sistemas modernos
como Water ballast; Cunting Keels; Lemes duplos;
Bolinas e outros. A regra BRA/RGS integrada a ABVO,
congrega um grande número de barcos cruzeiro/regata
numa regra simples e mais acessível. Introduzimos
ainda a regra MOCRA gerida pela FREVO e voltada para
o cenário de multicascos. O objetivo não é dividir, pelo
contrário, gerar possibilidade para todos os tipos de
barcos ingressarem com competitividade nos eventos
promovidos ou apoiados pela ABVO. Exemplo, fizemos
a fusão da ORC International com a ORC Club numa
única regra e competição. Na BRA/RGS somos contrários
a regata ser fragmentadas em sub-classes. Nada
contra as sub-classes para efeito de estímulo e premiação,
desde que aja um vencedor na BRA/RGS geral. Veleiros
da regra IRC podem competir simultaneamente na
ORC (em sua fase de implantação).

Em primeiro lugar faço pública a minha admiração 
pelo nosso Medalhista Olímpico Sr. Lars Grael que
gentilmente e prontamente nos atendeu. Na minha
opinião todo implemento de uma nova regra é
construtivo para o cenário da vela nacional, mas
pesquisando muito sobre o assunto percebi que
alguns detalhes tem que ser levados em conta na
hora de escolher a classe que o seu barco vai correr:

1 - A IRC está tendo algumas critica por causa desse
"segredo" em cima da medição, com alguns acusando 
de se favorecer barcos de determinados projetistas.
2 - Existe uma questão que não é explicada, vindo da IMS
mede tão diferente em comparação com essa classes?
barcos maiores mesmo tendo característica iguais? 
4 - Na Europa essa classe é predominante 
em muitas regatas, mas já existe uma coisa comum
que é usar as duas medições (ORC e IRC) para determinar
o ganhador, isso será feito no Brasil também?
5 - O gasto para se medir o barco já que envolve a
necessidade de se  pesar, e os famosos trambiques nesse
processo que envolve muitos parâmetros facilmente
manipuláveis, além de que para hoje se pesar 
um barco com segurança, tem que procurar muito
bem, pois são poucos os locais totalmente confiáveis. 
6 - Comparando essa regra com a RGS que tem o
maior número de barcos na raia e seria a principal
atingida com a mudança, na RGS qualquer coisa
estranha que o velejador observa no barco de seu
concorrente é facilmente tirado a limpo, mesmo
que não agrade a todos, os trambiques ficam
impossibilitados, motivo esse que tirou nas
últimas edições barcos que sempre ganhavam,
mas que agora ganham somente em seus haréns.

Acredito que esses detalhes possam ser resolvidos
com o tempo e talvez seja um avanço, mas
fica a dúvida de se mexer em time que está
ganhando, quem corre regatas sabe que a
verdadeira festa quem faz são os velejadores
 que sacrificam seu tempo no trabalho, família 
e sempre se auto patrocinam, quer dizer, os que
acreditam nesse esporte, pois para os que não 
o conhecem a fundo, consideram de elite.
Que venha a IRC, mas para somar, pois nesse
esporte já foi dividido tudo que se podia!

E lembrando que nem tudo que reluz
é Ouro!!

É isso!!

Que o vento vá...
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