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sexta-feira

Som da Sexta - Eric Clapton o gênio da vida!


Blues, drogas, perdas e redenção: a vida tumultuada de Eric Clapton, o deus da guitarra

Sir Eric Patrick Clapton é considerado o maior guitarrista vivo. É uma das poucas lendas vivas do rock, ao lado de Bob Dylan e Paul McCartney. No início da carreira, em meados dos anos 1960, os muros de Londres amanheceram pichados com a expressão Eric is God (Eric é Deus) em uma referência à sua maneira peculiar e rápida de tocar. Nascido na cidade inglesa de Ripley, no dia 30 de março de 1945, até os nove anos pensava que seus avós - que o criaram- eram seus pais. A mãe verdadeira era a tia Patrícia. Ele nunca conheceu o pai. Na adolescência refugiou-se no violão onde, inspirado pelos grandes mestres do blues, desenvolveu um estilo único de tocar. Participou de vários grupos, sendo mais importante o Cream, considerado o primeiro supergrupo do rock, e que o projetou ao estrelato.

Eu demorei quase 1 hora pra escolher o vídeo que ilustraria essa matéria, depois de muito procurar cheguei nessa versão inesquecível de Bad Love de 1990, AUMENTA QUE é ROCK!!!!



Foi o primeiro músico convidado a tocar em um disco dos Beatles. Em 1968, George Harrison - que viria a ser seu amigo por toda a vida- o chamou para participar como solista da gravação do clássico While My Guitar Gently Weeps, no disco Álbum Branco, de 1968. Em sua estreita relação com o ex-beatle, acabou apaixonando-se por Pattie Bloyd, na época mulher de George, e que viria a ser anos mais tarde, a sua primeira esposa e para quem fez pelos duas canções famosas: Layla e Wonderful Tonight.

Mas a fama tem seu preço. E nos tumultuados anos 1970, o virtuose da guitarra quase morreu, pelo menos duas vezes, por causa do seu vício em heroína e álcool, do qual se recuperou há mais de 25 anos. Em 20 de março de 1991, Conor, seu filho de quatro anos com a modelo italiana Lori Del Santo, morreu depois de cair da janela de um apartamento de um prédio em Nova York. Em sua memória, Eric compôs outro clássico: Tears in Heaven

Em meados dos anos 1990, constrói uma clínica para a recuperação de dependentes químicos o Crossroads Centre na ilha caribenha de Antígua, que funciona até hoje. Eric Clapton já esteve várias vezes se apresentando no Brasil, sendo que a última foi em 2011 com shows lotados em Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.

Atualmente está casado com Melia é pai de quatro filhas, Ruth, Julie, Ella e Sophie. Baseada em um livro autobiográfico, a ECOLÓGICO selecionou trechos de sua vida. Confira.

INFÂNCIA

“ No início da infância, quando tinha uns seis ou sete anos, comecei a desenvolver a sensação de que havia algo de diferente comigo. Um dia ouvi uma de minhas tias perguntar: ‘Você tem notícias da mãe dele?’ A verdade que enfim descobri foi que minha mãe e meu pai, Rose e Jack Clapp, de fato eram meus avós. Patricia, filha de Rose de um casamento anterior, era a verdadeira mãe e havia me dado o nome de Clapton.”

MÚSICA

“Conheci um garoto na escola que acabara de chegar a Ripley. Seu nome era John Constantine. Seus pais tinham uma radiovitrola. John tinha um disco de “Hound Dog”,o número 1 de Elvis, e tocávamos sem parar. Costumávamos assistir Sunday Nigth at the London Palladium, o primeiro show na televisão de artistas americanos. Uma noite Buddy Holly esteve lá e pensei que havia morrido e ido para o céu. Foi quando vi a minha primeira guitarra Fender. Era como ver um instrumento do espaço sideral, e eu disse a mim mesmo: ‘Isso é o futuro – é isso que eu quero’.

ERIC É DEUS

“A essa altura (1965, Clapton tocava na banda Bluesbreakers) as pessoas começaram a falar de mim como se eu fosse algum tipo de gênio, e ouvi dizer que alguém tinha escrito ‘ Clapton é Deus’ na parede da estação de Islington. Fiquei um pouco aturdido, e parte de mim afastou-se correndo daquilo. Mas outra parte de mim gostou da ideia, de que o que eu vinha cultivando todos aqueles anos.”

DROGAS

“As drogas foram o começo do fim da banda Derek e os Dominos. Não conseguimos fazer nada. Não conseguíamos trabalhar. Ficamos paralisados, e isso levou a uma hostilidade crescente entre nós. Foi um período de sério declínio em minha vida. A heroína levou também minha libido por completo, de modo que não tinha atividade sexual de nenhum tipo, e eu vivia cronicamente constipado.”

TRATAMENTO

“Atravessei meu mês de treinamento aos trancos e barrancos (11/1987), a exemplo do que havia feito da primeira vez. Certo dia, quando minha internação estava chegando ao fim, o pânico me atingiu. Então me lembrei do que tinha ouvido falar em rendição, por isso pedi socorro e, caindo de joelhos, me rendi. Em poucos dias percebi que havia acontecido alguma coisa comigo. Daquele dia até hoje, jamais deixei de rezar de manhã, de joelhos, pedindo ajuda, e à noite para expressar minha gratidão por minha vida e, acima de tudo por minha sobriedade. Se você está perguntando por que faço tudo isso, vou dizer... porque funciona, simples assim. De algum jeito, de alguma forma, meu Deus sempre esteve ali, mas agora eu havia apreendido a falar com ele.”

CLÍNICA CROSSROADS

“O objetivo era construir a clínica Crossroads em Antígua com vistas a atender toda a área do Caribe. Ficou entendido que, desde o início, poucos pacientes viriam das comunidades locais e, que precisaríamos promover o centro em outras regiões, atraindo pessoas dos Estados Unidos e Europa que pagariam para ir até lá, e assim financiariam leitos para os nativos que não pudessem pagar. Na verdade, era um esquema Robin Hood: tirar dos ricos para alimentar os pobres. Quanto mais pensava, mais empolgado ficava com o projeto que chamamos de Crossroad Centre.”

MORTE DO FILHO

“Saí cedo da cama, e estava pronto para cruzar a cidade para pegar Lori e Conor meu filho e levá-los ao Central ParkZoo. Por volta das 11 horas da manhã o telefone tocou, e era Lori. Estava histérica gritando que Conor estava morto. Naquela manhã, o faxineiro estava limpando as janelas e as havia deixado temporariamente abertas. Conor corria pelo apartamento brincando de esconde-esconde com a babá Ele simplesmente correu pela sala e foi direto janela afora.”

TEARS IN HEAVEN

“A mais forte das novas canções era ‘Tears in Heaven’. Eu a escrevi para indagar a questão que me fazia desde que meu avô havia falecido. ‘Vamos realmente nos encontrar de novo?’ Sua criação e desenvolvimento mantiveram-me vivo através do período mais negro de minha vida.A música foi lançada como single e foi um tremendo sucesso, a única número 1 escrita por mim. ”

GEORGE HARRISON

“Nesse período (1968) eu estava vendo George Harrison e Pattie cada vez mais, especialmente tendo em vista que agora éramos praticamente vizinhos. Lembro deles dedicando-se também a atividades de cupido. Entretanto, eu não estava interessado, porque outra coisa totalmente inesperada estava acontecendo: estava me apaixonando por Pattie. Certa noite estávamos sentados a sala grande de minha casa em Hurtwood quando ele disse: ‘Bem, suponho que seja melhor eu me divorciar dela’, ao que retruquei: ‘Bem, se você se divorciar dela, isso significa que terei que casar com ela!’ Foi como uma cena de roteiro de Woody Allen.”
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